23/06/2020 - Comitê Emergencial de Crise da Educação: SINPEEM mantém posicionamento contrário ao retorno das aulas presenciais
Durante a segunda reunião do Comitê Emergencial de Crise da Educação, ocorrida nesta terça-feira, 23/06, o SINPEEM ratificou seu posicionamento contrário ao retorno das atividades escolares presenciais num momento em que a curva da pandemia da Covid-19 continua em ascensão.
Desde o início da pandemia, o SINPEEM tem defendido o fechamento total das escolas e que as cestas básicas sejam entregues na residência das famílias. Defende, ainda, que antes da retomada das atividades escolares presenciais sejam fixadas em protocolo medidas e diretrizes, debatidas com os profissionais de educação e a comunidade, que garantam a saúde e segurança dos profissionais de educação e dos alunos. Entre estas diretrizes estão:
Defendemos que a reabertura das unidades educacionais da rede municipal de ensino deve considerar diretrizes fixadas em protocolo discutido e deliberado em conjunto com os profissionais de educação e a comunidade. Entre estas diretrizes estão:
1. promoção e garantia do bem-estar e da proteção da saúde dos docentes, gestores e Quadro de Apoio;
2. apoio emocional e psicológico aos profissionais de educação;
3. garantia de atendimento às necessidades de ensino dos alunos da rede;
4. reconhecimento das especificidades de cada unidade e dos indicadores de saúde e contaminação de cada território onde está inserida cada unidade escolar;
5. aspectos legais e ações desenvolvidas pelo poder público para o apoio e acolhimento dos alunos e seus responsáveis;
6. desenvolvimento de práticas de acolhimento dos alunos para restabelecer vínculos;
7. apoio técnico para uso de tecnologias;
8. como executar o processo ensino/aprendizagem no pós-pandemia;
9. proteção da população considerada como grupo de risco;
10. obrigatoriedade de protocolos claros e de fácil entendimento sobre medidas físicas de distanciamento, incluindo proibição de atividades que exijam grandes encontros, a alternância de início e fim de dia escolar e dos momentos de alimentação, uso dos espaços ao ar livre e redução do tamanho das turmas;
11. desenvolvimento, com a orientação das autoridades sanitárias, de protocolos detalhados de medidas sanitárias, incluindo a etiqueta respiratória, o uso de equipamentos de proteção individual, a intensificação da rotina de higiene dos espaços e práticas seguras de preparação e fornecimento de alimentos;
12. todas as unidades escolares deverão receber estrutura adequada, de acordo com as recomendações das autoridades de saúde e sanitárias, para a correta higiene dos profissionais de educação e alunos.
As entidades sindicais apresentaram documento destacando os itens debatidos na primeira reunião do comitê a serem discutidos com a SME: fechamento total das escolas, educação a distância, trabalho remoto, distribuição de vale-alimentação e de cestas básicas nas unidades escolares, além é claro, do retorno das atividades presenciais.
A próxima reunião do Comitê Emergencial da Crise da Educação será realizada no dia 30 de junho, às 13 horas.
A DIRETORIA