24/06/2020 - SINPEEM é contra o retorno escalonado das aulas, proposto pelo governo do Estado, e exige discussão

         O governador Doria anunciou nesta quarta-feira o plano de abertura das escolas públicas e privadas no Estado São Paulo a partir do dia 08 de setembro, da educação infantil ao ensino superior.

         O retorno das aulas será gradual: na primeira etapa, com 35% dos alunos, na segunda com 70% e na última etapa com 100%.

         No entanto, segundo a Secretaria Estadual de Educação, a confirmação da reabertura das atividades escolares presenciais em 08 de setembro só ocorrerá se todos os municípios do Estado já estiverem na fase amarela do plano de flexibilização econômica nesta data, por pelos menos 28 dias.

          As regras serão publicadas em decreto, no dia 02/07/2020. Entre estas regras, estão:

          - os alunos terão de manter distância de 1,5m nas salas de aula;

          - as aulas deverão ser realizadas com as portas abertas;

          - os horários de recreios serão escalonados para evitar aglomeração; 

          - a saída dos alunos também deverá ser escalonada;

          - as escolas, públicas e privadas, terão de medir a temperatura dos alunos na entrada; 

          - as aulas de educação física e artes poderão ser realizadas com distanciamento, de preferência, ao ar livre;

          - uso obrigatório de máscara dentro da instituição de ensino o tempo todo, no transporte escolar e em todo o percurso de casa até a escola;

          - distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) para professores e funcionários;

          - fornecimento de água potável em recipientes individuais e higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel.

          O governo também anunciou que está se preparando para oferecer o 4º ano do ensino médio na rede estadual de ensino, opcional, para os alunos que acharem que não estão preparados para o Enem e o vestibular e quiserem continuar estudando em 2021. 

    
SINPEEM cobra reunião com a SME para debater com as entidades sindicais e a comunidade o retorno das aulas na rede municipal de ensino

         Com o anúncio do governo do Estado do plano de retomada das aulas presenciais, o SINPEEM já entrou em contato com o secretário municipal de Educação para que seja agendada reunião com as entidades sindicais e a comunidade para debater as diretrizes e medidas preventivas obrigatórias antes da retomada presencial das atividades escolares na rede municipal de ensino. 

          O SINPEEM defende o fechamento total das escolas até o fim da pandemia e que as unidades de educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental devem ser os últimos a terem suas atividades retomadas e, se demostrado que é necessário, não deve ocorrer este ano.  

          Também defende que a reabertura das unidades educacionais da rede municipal de ensino deve considerar diretrizes fixadas em protocolo discutido e deliberado em conjunto com os profissionais de educação e a comunidade. Entre estas diretrizes estão:

        1. promoção e garantia do bem-estar e da proteção da saúde dos docentes, gestores e Quadro de Apoio;

        2. apoio emocional e psicológico aos profissionais de educação;

        3. garantia de atendimento às necessidades de ensino dos alunos da rede;

        4. reconhecimento das especificidades de cada unidade e dos indicadores de saúde e contaminação de cada território onde está inserida cada unidade escolar;

        5. aspectos legais e ações desenvolvidas pelo poder público para o apoio e acolhimento dos alunos e seus responsáveis;

        6. desenvolvimento de práticas de acolhimento dos alunos para restabelecer vínculos;

        7. apoio técnico para uso de tecnologias;

        8. como executar o processo ensino/aprendizagem no pós-pandemia;

        9. proteção da população considerada como grupo de risco;

        10. obrigatoriedade de protocolos claros e de fácil entendimento sobre medidas físicas de distanciamento, incluindo proibição de atividades que exijam grandes encontros, a alternância de início e fim de dia escolar e dos momentos de alimentação, uso dos espaços ao ar livre e redução do tamanho das turmas;

        11. desenvolvimento, com a orientação das autoridades sanitárias, de protocolos detalhados de medidas sanitárias, incluindo a etiqueta respiratória, o uso de equipamentos de proteção individual, a intensificação da rotina de higiene dos espaços e práticas seguras de preparação e fornecimento de alimentos;

        12. todas as unidades escolares deverão receber estrutura adequada, de acordo com as recomendações das autoridades de saúde e sanitárias, para a correta higiene dos profissionais de educação e alunos. 


A DIRETORIA
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