09/03/2021 - Comando Unificado das Entidades decide manter a greve em defesa da saúde e da vida

        Nesta segunda-feira, 08/03, as entidades que compõem o Comando Geral que convocou a greve unificada, realizaram mais uma reunião, após ter enviado e não obtido resposta do governo quanto à formalização da indicação do secretário, em reunião de negociação realizada no dia 04/03, para que o Comando apresentasse proposta.

        Ficou decidido que, tendo o governo Covas mantido a sua decisão, mesmo com o agravamento da crise sanitária e ocorrências diárias e crescentes de profissionais de educação e alunos infectados, reivindicar e pressionar por reunião urgente de negociação. 

        As entidades reiteram a reivindicação de suspensão imediata das atividades e aulas presenciais, novo censo sorológico, vacinação JÁ, entrega imediata do material tecnológico para os alunos e profissionais de educação (tablet, notebook, chips), nenhuma retaliação e corte de direitos dos grevistas.

        A greve em defesa da educação e da vida continua!


 TRINTA DIAS DE GREVE EM DEFESA DA VIDA

        Iniciada no dia 10/02, a greve convocada unitariamente pelas entidades -- SINPEEM, Sinesp, Sedin, Aprofem e Sindsep --, completará 30 dias em 12/03.

        Desde o seu início, a greve fez o governo admitir que a rede não tinha condições sanitárias para a retomada das aulas e manutenção de atividades presenciais, como denunciamos,  ao adiar o retorno em 580 unidades educacionais. Também decidir fechar as escolas no período noturno e determinar que o trabalho coletivo da Jeif e da J-30 seja organizado e realizado remotamente.  No entanto, mesmo com estas medidas parciais,  não mudou a decisão de manter as escolas abertas, quando a situação exige o contrário. 

        Desde o inicio, todos sabiam que realizaríamos uma greve com características inéditas. A impossibilidade de realizarmos grandes manifestações presenciais efetivadas em todas as greves anteriores determinou a cada um a responsabilidade de trabalhar para que o movimento fosse unificado e com maior adesão das unidades e de todos os seus profissionais --- docentes, gestores e Quadro de Apoio.

        O governo resiste, atendendo à política do governo do Estado e do movimento "Escolas abertas".

        O próprio secretário de Estado da Educação já mudou sua tática depois de, inclusive, ameaçar os prefeitos que não seguissem a decisão do governo do Estado. Agora, diz que, neste momento da pandemia, a escola é para quem mais precisa. Desaconselha as famílias a levarem seus filhos para as escolas. 

        Os donos de escolas particulares, que muito pressionaram pela reabertura, agora suspendem aulas, diante dos casos de professores e alunos infectados, inclusive em escolas de caríssimas mensalidades.

        O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro), da rede particular de ensino, decidiu iniciar greve na próxima quinta-feira, 11/03.

        Mesmo diante destes fatos, o prefeito insiste em continuar seguindo o governo estadual e expondo alunos e profissionais de educação do município aos riscos de adoecer e de óbitos. 

        Diante desta posição intransigente e contra o reconhecimento da vida como valor absoluto, temos de continuar a greve em defesa da vida.

        Sim, defendemos aulas e atividades presenciais nas unidades educacionais, mas com segurança. 
Suspensão imediata, escolas fechadas e vacina já!


A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA
Presidente
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