18/03/2021 - Prefeitura antecipa feriados; SINPEEM defende fechamento das escolas e pagamento dos dias parados

        Nesta quinta-feira, 18/03, em entrevista coletiva, o prefeito Bruno Covas confirmou o registro da primeira morte na capital de uma paciente com Covid que não conseguiu vaga em uma UTI e pelo menos 475 pessoas aguardavam vagas em UTIs na cidade.

        Com o agravamento da pandemia e o sistema de saúde em iminente colapso, com 88% da capacidade de atendimento, para reduzir a circulação de pessoas na cidade e tentar conter a disseminação do coronavírus, o prefeito Bruno Covas anunciou que a Prefeitura antecipará cinco feriados municipais (dois deste ano e três de 2022) para os dias 26, 29 30 e 31 de março e também para o dia 01 de abril. Desta forma, a Capital terá 10 dias de recesso até o domingo de Páscoa, em 04 de abril.

        "Não há nenhum prazer pessoal em fechamento do comércio, em fechamento de parque, em restringir a circulação das pessoas. É uma necessidade que estamos tendo para que a gente possa restringir a circulação, não deixar os leitos chegarem a 100% de ocupação e poder tratar a todos", disse.

        Segundo Covas, a Prefeitura está trabalhando para ampliar a oferta de leitos, mas deixou claro que não há como “dobrar, triplicar ou quadriplicar a quantidade de leitos”. E, mais uma vez, solicitou à população que respeite as medidas restritivas e o isolamento social para reduzir a taxa de contaminação.

        Para o prefeito, se a cidade conseguir voltar aos índices de isolamento acima dos 50%, é possível que em 15 dias haja redução dos casos de covid-19 e de internações. 

"É preciso esse prazo de 15 dias, que os especialistas da Vigilância Sanitária têm apontado, para que a gente consiga reduzir e colocar a curva para baixo e continuar a atender todo mundo aqui na cidade de São Paulo", afirmou Covas. 


ENTIDADES MANTÊM O MOVIMENTO DE GREVE PELA VIDA E POR TRABALHO
REMOTO PARA OS GESTORES E QUADRO DE APOIO, DURANTE E APÓS O RECESSO 

        Tendo em vista que as unidades educacionais da rede municipal de ensino não possuem condições sanitárias e infraestrutura para garantir a segurança dos profissionais de educação e dos alunos, o agravamento da pandemia da Covid-19, com sucessivos recordes de contaminação e de mortes, as entidades sindicais que representam os profissionais de educação da rede municipal de ensino decidiram manter o movimento de greve pela vida e por trabalho remoto para os gestores educacionais, Quadro de Apoio e analistas dos CEUs, durante e após o recesso escolar.

        Também reivindicamos nenhuma punição aos grevistas e pagamento dos dias parados. Não aceitamos o apontamento de faltas justificadas, conforme orientação enviada às DREs. 

        Em função da negativa do governo em receber as entidades para negociar a pauta de reivindicações, dentre elas a negociação dos dias parados, conforme último ofício enviado pelo Comando Unificado das Entidades, reivindicamos o não apontamento e cobramos que a SME nos receba para debatermos a pauta. 

        Lembramos que a legislação em vigor, além de garantir o direito de greve, também prevê que ausência por greve não é falta. Falta justificada, injustificada ou abonada são prerrogativas da chefia imediata do servidor, mediante solicitação do interessado. Portanto, não aceitamos este ataque à democracia e à legislação. 

        A greve em defesa da vida e da saúde continua.

        Juntos, somos mais fortes!


A DIRETORIA

CLAUDIO FONSECA
Presidente 
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