26/03/2009 - 30 de março: Dia Nacional de luta contra as demissões, pelo emprego, direitos e reivindicações dos trabalhadores

26 de março de 2009 

Os efeitos da crise econômica mundial já são sentidos no nosso país, apesar de toda a propaganda feita pelo governo Lula, na tentativa de negar este fato.

Os números divulgados, desde o início do ano, demonstram claramente a queda acentuada no crescimento econômico do país.

O Produto Interno Bruto (PIB) teve no último trimestre do ano passado uma queda de 3,6%, a maior dos últimos 12 anos.

Em janeiro, a produção industrial no Brasil caiu 17,2% em comparação ao mesmo período do ano passado. A indústria paulista fechou quase 240 mil postos de trabalho nos últimos cinco meses. De setembro de 2008 a fevereiro de 2009, mais de 800 mil trabalhadores foram demitidos, deixando claro que para os patrões são eles quem deve pagar pela crise, enquanto protegem seus lucros com a ajuda dos governos.

As medidas anunciadas pelo governo federal visam, no geral, proteger as indústrias, em especial a automobilística, e os bancos através de investimentos e facilidades como redução de impostos e crédito subsidiado.

Com a redução de impostos para alguns setores, cai a arrecadação e para reduzir as despesas de custeio da máquina pública, os governos, entre outras medidas, congelam as despesas com pessoal. Ou seja, medidas para salvar os lucros dos patrões e arrocho e desemprego para os trabalhadores públicos e privados.

O quadro político econômico atual exige dos trabalhadores respostas através de ações de lutas unitárias e arrojadas.

Assim, a participação dos profissionais de educação do ensino municipal, como dos demais trabalhadores, no Dia Nacional de Luta, organizado pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais, é de fundamental importância.

Vamos exigir a readmissão de todos os que perderam seus empregos, reajuste, aumento real, manutenção dos direitos e atendimento às demais reivindicações dos trabalhadores.

No dia 30 de março, todos à avenida Paulista, nº 1.374 (em frente à Fiesp), às 10 horas.  

SINPEEM ENTREGARÁ PAUTA AO
GOVERNO NO DIA 30 DE MARÇO

Em assembleia geral, a categoria decidiu participar do Dia Nacional de Luta, oportunidade em que também entregaremos ao governo Kassab as nossas reivindicações, tendo em vista a nossa data-base, no mês de maio.

O SINPEEM realizou várias lutas pela incorporação das gratificações, conseguidas, entre outros direitos, com a greve de 17 dias que realizamos em 2006.

Conseguimos iniciar a incorporação, com a aplicação de 20% sobre os padrões de vencimentos e mais 17,5% em duas parcelas, com percentuais iguais ou diferentes, já aprovados em lei.

Portanto, ainda que a lei disponha sobre o pagamento em duas parcelas, é possível e queremos o pagamento integral dos 17,5% já!

O governo municipal anunciou, através de publicação no Diário Oficial, que aplicará 8,75% a partir de maio. No entanto, considerando os últimos 12 meses, este percentual mal dá para repor a inflação acumulada, neste período.

Após a concentração e passeata do Dia Nacional de Luta, a Diretoria, acompanhada de representantes, fará a entrega da pauta ao governo.

Além dos 17,5% já, a pauta que entregaremos no dia 30 de março contém outras reivindicações aprovadas pela categoria. Entre elas estão: 

o    fixação do piso dos servidores municipais em três salários mínimos;

o    isonomia salarial e funcional, com extensão de todos os direitos e vantagens para os readaptados, aposentados e pensionistas;

o    reposição de perdas salariais, segundo ICV/Dieese acumulado entre janeiro de 2005 e janeiro de 2009;

o    alteração da Lei nº 13.303, para ampliar o percentual de receitas correntes destinado às despesas com pessoal e fixação de períodos de revisão salarial;

o    extensão dos ganhos judiciais de 81% para todos os profissionais de educação e demais servidores da Prefeitura;

o    recadastramento e pagamento retroativo dos ganhos judiciais para os agentes escolares e integrantes da carreira do magistério que tiveram mudança de CL;

o    revisão de critérios para concessão e valores dos adicionais de difícil acesso, insalubridade, noturno;

o    regulamentação da Gratificação por Local de Trabalho, contida nos artigos 60 e 61 da Lei nº 14.660/07;

o    revogação dos incisos I e II do § 3º, artigo 59 da Lei nº 14.660/07;

o    inclusão da JB e da JBD (jornadas docentes) no inciso III do § 3º do artigo 59 da Lei nº 14.660/07;

o    igualdade de direitos entre efetivos e servidores estáveis e não-estáveis;

o    redução da jornada de trabalho do quadro de apoio (agentes escolares, agentes de apoio, vigias escolares, auxiliares técnicos, auxiliares de secretaria e secretários de escolas) e dos gestores de educação para 30 horas semanais, sem redução de salários;

o    lotação dos agentes de apoio nas unidades escolares com anuência do servidor;

o    pagamento dos precatórios alimentares;

o    alteração do decreto que dispõe sobre o cálculo da Gratificação por Desenvolvimento Educacional (GDE) e definição do valor da primeira parcela até junho de 2009;

o    revisão do módulo de supervisor, assistente de direção, coordenador pedagógico, secretário e ATE, fixado por portarias;

o    retorno do pagamento dos ganhos judiciais aos integrantes do quadro de apoio e aos professores que tiveram alteração do CL;

o    melhoria das condições do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM);

o    descentralização do atendimento ambulatorial com especialidades médicas, exames por imagem e laboratorial;

o    atendimento médico domiciliar para servidores que apresentam incapacidade de locomoção;

o    extensão do direito de utilização do HSPM para filhos de qualquer idade com deficiências;

o    reorganização do quadro e das carreiras dos profissionaisde apoio à educação, com convocação de concurso;

o    investidura em cargos da classe II (gestores) por concursos de acesso e de ingresso;

o    afastamento remunerado e redução da carga horária de trabalho para estudar;

o    inclusão de novo prazo para mudança de cargo e jornada docente;

o    ampliação da quantidade dos níveis e graus das tabelas de vencimentos do quadro do magistério e quadro de apoio;

o    hora excedente com valor de 100% superior a hora da jornada do cargo;

o    direito de enquadramento em referências de maior valor na tabela de vencimentos para professores comissionados estáveis e não estáveis;

o    direito à restrição de função para os profissionais da educação comissionados (inspetores de alunos, auxiliares de secretaria);

o    ampliação de 6,5% para 10% entre um grau e outro e uma referência e outra na tabela de vencimentos;

o    implementação de ações voltadas para a prevenção e assistência à saúde do servidor;

o    reconhecimento das doenças profissionais;

o    atendimento à demanda no ensino fundamental regular e na Educação de Jovens e Adultos;

o    redução do número de alunos por sala de aula;

o    fim da política de abono complementar, bônus e gratificações;

o    garantia de emprego e direitos para os comissionados estáveis e não-estáveis e admitidos estáveis e não-estáveis;

o    isonomia de direitos e remuneração entre ativos, aposentados e readaptados;

o    recesso em julho para os CEIs;

o    fortalecimento dos Conselhos de Escola, com gestão democrática; e

o    melhores condições de trabalho.
 

DIA 17 DE ABRIL - 17,5% JÁ!
CATEGORIA REALIZARÁ MANIFESTAÇÃO
PELO ATENDIMENTO ÀS REIVINDICAÇÕES 

O momento é difícil, mas não podemos ceder aos argumentos daqueles que apontam as demissões e as reduções de salários para milhares de trabalhadores, ocorridas neste momento de crise, como impossibilidade para lutar e pressionar o governo Kassab a atender as nossas reivindicações.

A prefeitura de São Paulo tem gasto com a folha de pagamento menos de 40% de suas receitas correntes. Nos últimos anos, tem tido superávit financeiro, enquanto os salários continuam defasados e alguns servidores com vencimento padrão próximo ao valor do salário mínimo.

O SINPEEM tem história de luta. As conquistas da categoria sempre foram resultantes da ação do sindicato e de sua participação nas negociações. Sendo assim, não podemos agir de forma diferente. Apresentada a pauta, vamos pressionar pelo atendimento às nossas reivindicações.

No dia 17 de abril vamos realizar manifestação com milhares de profissionais de educação em defesa dos nossos direitos e atendimento aos itens contidos na nossa pauta.

A participação de todos, de todas as unidades, às 14 horas no dia 17 de abril, em frente à Secretaria Municipal de Gestão, é fator que pode obrigar o prefeito a nos atender. Organizem as suas unidades e participem! 

Juntos somos fortes! 


PARALISAÇÃO, MANIFESTAÇÃO E ASSEMBLEIA GERAL
DIA 17 DE ABRIL DE 2009 – ÀS 14 HORAS
LOCAL: SECRETARIA MUNICIPAL DE GESTÃO
RUA LIBERO BADARÓ Nº 425

  

A DIRETORIA 

CLAUDIO FONSECA
Presidente

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