26/03/2010 – CLIPPING EDUCACIONAL
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ESTADÃO.COM.BR – 26/03/2010 – 16h27
Professores da rede municipal de SP apresentam reivindicações à secretaria
Aumento real de 34% no salário é uma das 59 exigências apresentadas pela class
Carlos Lordelo, de O Estado de S. Paulo
Cerca de 400 professores da rede municipal de ensino de São Paulo participaram nesta sexta-feira, 26, de manifestação na frente da Secretaria Municipal de Gestão, no centro da capital paulista. O protesto, que foi acompanhado pela polícia, foi pacífico e não interrompeu o trânsito nas vias próximas à Secretaria.
A categoria apresentou 59 reivindicações, entre elas aumento real de 34% no salário. Representantes da Secretaria informaram que será feita uma reunião na próxima terça-feira para discussão sobre a lista de reivindicações. No mesmo dia, a prefeitura deverá apresentar o calendário de reuniões com os representantes dos professores.
"Considero um bom começo essa primeira reunião com a Secretaria. Nós temos tempo para negociar porque nossa data-base é
O sindicato já definiu para o dia 23 de abril a realização de mais uma manifestação no mesmo local.
ESTADO DE SÃO PAULO – 26/03/2010
Professores farão nova manifestação em SP
Ato, o terceiro desde o início da greve, deve ocorrer em frente ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul
MARIANA MANDELLI
Há 19 dias em greve, os professores da rede estadual paulista farão nova manifestação hoje. Mesmo com previsão de chuva, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) decidiu manter o ato, que deve ocorrer em frente ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul da capital.
Marcado para as 15 horas, o protesto é, segundo a Apeoesp, uma "radicalização". O sindicato pretende reunir 100 mil pessoas. Mas, de acordo com resolução do governo estadual de 1987, o entorno do Palácio é considerado área de segurança e, portanto, manifestações são proibidas.
Esta será a terceira manifestação desde o início da greve. No dia 13, o ato que paralisou a Avenida Paulista reuniu, segundo a Polícia Militar, 12 mil pessoas. As lideranças da Apeoesp dizem que a manifestação concentrou mais de 50 mil. No dia 20, outra passeata na mesma região contou com 8 mil, segundo a PM. De acordo com o sindicato, estiveram presentes 60 mil.
Entre as principais reivindicações, os professores pedem reajuste salarial de 34%, incorporação imediata das gratificações e o fim das avaliações e dos programas criados no atual governo.
Apesar das manifestações, a adesão continua baixa. No último levantamento do Estado, com 100 escolas estaduais da capital, 68 não haviam sido atingidas pela paralisação. Apenas 3 estavam completamente paradas.
Professores e funcionários da rede municipal de São Paulo também fazem assembleia e manifestação hoje, às 14h30, no centro da cidade, em frente à Secretaria Municipal de Gestão.
O ato foi convocado pelo Sindicato dos Profissionais de Educação do Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) para discutir reivindicações, como reajuste de 34% e incorporação integral das gratificações criadas em 2006. Durante a assembleia pode ser votada a participação dos manifestantes no ato da rede estadual.
ESTADO DE SÃO PAULO – 26/03/2010
Serra prepara nova ''lei anticoxinha''
FABIANE LEITE
O governo de José Serra (PSDB) finaliza projeto de lei para proibir a venda de alimentos que contribuem para a obesidade infantil em cantinas de escolas públicas e privadas do Estado de São Paulo. A restrição também deverá atingir a merenda financiada pelo Estado e servida na rede pública.
Há quase um ano o governador vetou proposta semelhante, chamada informalmente de "lei anticoxinha", aprovada pela Assembleia Legislativa, o que gerou protestos de alguns dos principais especialistas brasileiros em alimentação infantil e de promotores.
Na época, a Secretaria Estadual da Saúde avaliou que a proposta era inadequada por trazer, no corpo da lei, por exemplo, listas de alimentos proibidos, o que dificultaria atualizações.
Além disso, o texto, de autoria da deputada Patrícia Lima (PR), mencionava alimentos de alto teor calórico e com gordura trans como alvo da restrição. No entanto, nem sempre alimentos calóricos são ruins para a saúde e eles podem ser necessários para algumas crianças - um suco de açaí, por exemplo, é calórico.
Segundo minuta do projeto, à qual o Estado teve acesso, serão alvo de restrição produtos de alta densidade energética e que garantem baixo ou nenhum aporte de fibras e micronutrientes, como vitaminas - expressão que, para especialistas, contempla melhor aqueles que contribuem para a obesidade e não trazem benefícios (caso de balas, biscoitos recheados, salgadinhos e refrigerantes). A proposta passará pela Assembleia Legislativa, onde Serra tem maioria.
Outra mudança trazida pelo novo projeto é a previsão de que a lista de alimentos vetados seja elaborada com o auxílio de especialistas e publicada posteriormente, via portaria ou resolução, o que facilitará mudanças - se a lista estivesse na lei, todas as alterações teriam de ser aprovadas na Assembleia.
O projeto, liderado pela Saúde, também tem recebido contribuições da secretaria estadual da Educação, informou ontem a pasta. E prevê ainda ações educativas para as crianças. A ideia é que a fiscalização caiba às vigilâncias sanitárias. Procurada, a secretaria estadual da Saúde não quis conceder entrevistas e informou apenas que o projeto está em "reavaliação".
No ano passado, um grupo de promotores das áreas de infância, saúde e consumidor manifestou-se a favor da restrição. Em carta ao governador, enviada em maio de 2009, o grupo de trabalho sobre alimentação e nutrição da Associação Brasileira de Pós-Graduação
Espaço protegido. O conceito das medidas restritivas nas escolas não é proibir o consumo, mas garantir que os locais sejam um espaço protegido dos alimentos que contribuem para a obesidade, dizem os especialistas. "É fundamental que o aluno encontre no ambiente escolar coerência entre o discurso e a prática", diz Inês Rugani de Castro, especialista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro que coordena o grupo. "Proteger a infância é princípio, não é ditadura nem controle de expressão", afirma a especialista, que participou de reuniões com o governo.
A indústria de alimentos, que tem criticado ações semelhantes, informou não ter porta-voz para comentar a proposta. Procurada, a deputada autora da proposta vetada não se manifestou.
PARA LEMBRAR
Anvisa não vai limitar propaganda
No início deste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que não vai propor restrições à propaganda de alimentos com alto teor de açúcar, gordura e sódio voltada para o público infantil. Em consulta pública lançada em 2006, o órgão regulador do setor de medicamentos e alimentos havia proposto que os anúncios só pudessem ser veiculados entre 21 horas e 6 horas.
No entanto, manifestações da Advocacia Geral da União apontando que a Anvisa não pode regular o setor via resoluções fizeram o órgão desistir de ter um capítulo voltado ao público infantil na regulamentação.
Segundo Ana Vasconcellos, da coordenação de alimentação do Ministério da Saúde, estão sendo discutidas outras medidas para proteger o público infantil do marketing de produtos de baixo valor nutricional.
Oito Estados e municípios já têm regras para venda
Publicação de 2007 do Ministério da Saúde apontou que pelo menos oito Estados e municípios já adotavam regulamentações para a comercialização de alimentos nas cantinas das escolas, com diferentes abrangências e restrições. No Estado de São Paulo, uma portaria de 2005 da Secretaria da Educação prevê que as cantinas, administradas pelas Associações de Pais e Mestres, devem ofertar frutas, legumes e verduras, mas também sanduíches - o que abre possibilidade para hambúrgueres -, além de pães, bolos, tortas e doces assados ou naturais e salgados assados, "entre outros produtos similares". A medida é considerada insuficiente por especialistas, por ser uma portaria, que facilmente pode ser revogada.
Segundo Ana Vasconcellos, coordenadora de política de alimentação do ministério, as restrições condizem com a legislação federal, que defende alimentação saudável no ambiente escolar. No Brasil, 7% das crianças e 15% dos adolescentes já estão acima do peso, destaca Ana.
O GLOBO - 26/03/2010
MEC quer distribuir bicicletas com o dinheiro alheio
Mas despesas seriam bancadas por governos estaduais e municipais
DEMÉTRIO WEBER
O Ministério da Educação (MEC) quer distribuir bicicletas, uniformes e cadernos escolares a alunos da rede pública. Mas a ideia é que as despesas sejam bancadas por prefeituras e governos estaduais, sem apoio financeiro da União, segundo a assessoria de imprensa do MEC.
Ao participar anteontem de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, o ministro Fernando Haddad citou a distribuição de bicicletas. Sem mencionar quem pagaria a conta, ele defendeu a iniciativa, que tem como público-alvo os estudantes de áreas rurais:
— A bicicleta é essencial para levar o jovem ao local por onde passa o ônibus, o barco ou até mesmo para ir até a escola — disse o ministro, observando que há alunos que percorrem até
FOLHA DE SÃO PAULO – 26/03/2010
24 das 32 escolas top em SP tiveram melhora de mais de 100%
FÁBIO TAKAHASHI
Das 32 escolas estaduais de São Paulo que já atingiram o nível de países desenvolvidos, 24 mais que dobraram o desempenho no indicador de qualidade em apenas um ano. Educadores dizem estranhar um salto tão grande. A Secretaria da Educação afirma que analisará a "consistência dos dados".Conforme a Folha informou ontem, 1% das escolas já atingiram a meta prevista para 2030 no Idesp, indicador da gestão Serra (PSDB) que considera desempenho dos alunos em provas de português e matemática (Saresp), além da taxa de aprovação. O objetivo é se igualar a países como a Finlândia.
Nenhuma unidade havia atingido o objetivo no ano anterior. O desempenho no Idesp é a referência para pagamento de bônus aos professores.
Entre os colégios top, a maior variação (entre 2008 e 2009) ocorreu no ensino médio da escola Bairro São Miguel, na cidade de Cachoeira Paulista, que cresceu 392% (de 1,2 para 5,9, na escala até 10).
"Grandes crescimentos são estranhos. Os estudos mostram que a evolução na educação é gradual. Eu investigaria esses resultados", diz o pesquisador José Marcelino Rezende Pinto, da USP de Ribeirão Preto.
"O salário da categoria está achatado, e a única forma de ganhar melhor é ir bem nessas avaliações. Isso traz um risco."
Um técnico que participou da elaboração do índice disse, reservadamente, que um grande salto na nota pode ser feita de a escola impedir que os alunos mais fracos façam o exame - que deve abranger todos os alunos da rede estadual, mas não há punição aos que faltam.
Ele afirma, porém, que é possível uma grande variação, desde que a escola seja pequena e implemente muitas mudanças.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação afirma que "variações grandes para cima ou para baixo devem ser analisadas com cuidado", mas, a princípio, não há por que se duvidar dos resultados.
Ainda assim, diz a pasta, serão avaliadas as grandes variações. "Caso venham a ser detectados problemas ou erros, eles serão objeto de procedimentos administrativos."
A escola Azarias Ribeiro, em Maracaí, cita a implantação da recuperação fora do horário regular como uma explicação para o crescimento de 112% no índice. O colégio tem média de 12 alunos por sala. "Houve rumor que a escola iria fechar, por ser pequena. A comunidade se mobilizou para garantir a continuidade", diz a coordenadora, Rita de Cássia di Mallo.
A escola Benedito Bueno, em Mococa, diz que houve mudança no perfil dos alunos. Em 2008, muitos trabalhavam na lavoura. No ano seguinte, a maioria se concentrou nos estudos. "E a comunidade se envolve. Faz até leilão para arrecadar dinheiro para reformas", diz a diretora, Miriram Raymundo. A reportagem não conseguiu contato com os colégios com as maiores variações.
AGORA SP – 26/03/2010
Última do ranking na capital, escola sofre com falta de professor
Mais mal avaliada da capital no Idesp 2009 de 5ª a 8ª série, a Escola Estadual Júlia Della Casa Paula,
Cinco professores saíram de licença em 2009 e os dois docentes eventuais não foram suficientes para atender aos alunos, conforme a diretora Maria Evelma dos Santos. "Até eu tive de ficar em sala de aula."
Ele diz ainda que a falta de verba a impediu de levar alunos a museus, cinemas e peças. "Só giz e lousa não são suficientes."
As salas de aula ficam atrás de dois portões, mas a área externa é aberta. Funcionários dizem já terem visto pessoas armadas ali; às segundas, na limpeza pós-fim de semana, também acharam cápsulas de cocaína no chão.
A Secretaria da Educação disse que em 90 dias o prédio estará recuperado e que sua equipe pedagógica acompanhará os educadores da unidade.
Na primeira colocação de 5ª a 8ª série, a Escola Estadual Ennio Voss, no Brooklin (zona sul), atribui o bom resultado -nota 4,42- ao empenho dos professores. "Como no Idesp passado não atingimos a nota necessária, eles trabalharam bastante e reforçaram o conteúdo exigido nas provas", explica a diretora Wanley Businhani Biz.
Alunos elogiam aulas de informática no laboratório. "É bem melhor fazer exercício de matemática no computador", diz Pedro Henrique Cordeiro, 13.
PORTAL R7 – 26/03/2010
Câmara aprova lei que obriga escola a manter alunos em suas dependências se o professor faltar
Estudantes receberão atividades extra, neste caso; projeto deve ir para o Senado
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (24) uma lei que obriga as escolas públicas de ensino básico a manter os alunos em suas dependências mesmo em caso de falta do professor.
O projeto determina ainda que esses estudantes (de ensino infantil, fundamental e médio) deverão receber atividades complementares, organizadas segundo a faixa etária e a grade curricular de cada série, no caso de falta.
O texto, do deputado Ayrton Xerez (DEM-RJ), já havia sido aprovado pela Comissão de Educação da Câmara. Ele deve seguir para o Senado, caso não haja recursos para que seja votado pelo Plenário. Entretando, a lei está sujeita a pedidos de análise conclusiva de outras comissões.
O autor do projeto afirma que, muitas vezes, quando faltam professores, os estudantes saem da escola sem o conhecimento dos pais. A afirmação foi dada em entrevista à Agência Câmara:
- Nas ruas, as crianças estão mais vulneráveis à ação da marginalidade, além do risco ainda maior de acidentes, justamente pela ausência de supervisão adequada.
FOLHA DE SÃO PAULO – 25/03/2010
32 escolas estaduais atingem nível "top"
No ano anterior, nenhuma instituição alcançou esse patamar em exame feito pelo próprio governo; número representa 1% da rede. Educador diz que número é baixo, mas o que preocupa são os 20% de colégios com nota 3; Secretaria da Educação diz que toda a rede melhorou
FÁBIO TAKAHASHI DA REPORTAGEM LOCAL
Trinta e duas escolas estaduais de São Paulo -o equivalente a 1% da rede- atingiram no ano passado um patamar de qualidade considerado ideal pelo próprio governo (nível semelhante ao da Finlândia, líder em rankings internacionais). Dos colégios "tops", só dois estão na capital. No ano anterior, nenhuma unidade do Estado alcançou o objetivo no Idesp, a avaliação estadual. O índice considera o desempenho dos estudantes nos exames de português e matemática (Saresp), além da taxa de aprovação dos alunos. A intenção é que, em
Interior x capital - Para o pesquisador da USP, as escolas do interior tendem a atingir níveis melhores porque os professores mudam menos de colégio do que na capital. A estabilidade do corpo docente aparece nos estudos educacionais como fator de melhoria. Além disso, diz Alavarse, as escolas na região metropolitana são maiores. "Eu mesmo trabalhei como coordenador em uma que tinha 1.700 alunos. Como dar atenção a todos?"
Dados revelam problemas e leve melhora na rede
DA REPORTAGEM LOCAL
Com base nas provas de português e matemática do Saresp, cujos dados, relativos a 2008, foram divulgados em fevereiro, foi possível verificar que alunos do 3º ano do ensino médio saem dos colégios com conhecimento de um estudante da 8ª série. Ainda assim, houve melhoras. Na 4ª série, a nota subiu de 180 para 190,4 em português, numa escala que vai a 500. Apesar disso, o nível está abaixo do ideal (200), de acordo com a escala do movimento Todos pela Educação (que reúne pesquisadores de todo o país, alguns ligados à Secretaria da Educação).
No 3º ano do ensino médio, a nota de português ficou estável e a de matemática recuou de 273,8 para 269,4. Os resultados são utilizados para dar bônus em dinheiro aos servidores das escolas que melhoraram. Segundo dados divulgados pelo governo, 80% dos servidores receberão a gratificação. Para 2011, o número de docentes com bônus pode diminuir devido à greve na rede, já que haverá descontos na gratificação pelas faltas.
PORTAL UOL EDUCAÇÃO - 25/03/2010
Haddad prevê bater meta de escolas com internet rápida
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje que 45 mil escolas públicas urbanas estão conectadas à internet de alta velocidade pelo Programa Banda Larga nas Escolas, que foi lançado em 2008 numa parceria entre o governo e as empresas de telefonia. Segundo ele, até o fim do ano, 63 mil escolas públicas estarão conectadas em banda larga, o que representa o incremento em relação à meta inicial do programa, que era conectar 55 mil escolas. Haddad explicou que o senso escolar de 2009 reclassificou oito mil escolas que deixaram de ser instituições de ensino rural e passaram a ser consideradas escolas urbanas. Haddad participou hoje de reunião para fazer um balanço do programa e disse que todas as metas do ano passado foram cumpridas.
Ele disse que no encontro com os presidentes das empresas de telefonia e com a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, não foi discutido o Plano Nacional de Banda Larga. Ele não quis emitir opinião sobre a eventual reativação da Telebrás para ser a operadora do Plano de Banda Larga. Ele disse que é uma questão que não diz respeito ao ministério da Educação e envolve as áreas técnicas dos ministérios da Fazenda, Planejamento e Comunicações. Ao ser questionado se o governo mantinha a ideia de reativar a Telebrás, ele respondeu: "Não participo dessas discussões".
FOLHA DE SÃO PAULO – 24/03/2010
Vocês desrespeitam os professores
GILBERTO DIMENSTEIN
Tenho recebido centenas de e-mails me acusando de desrespeitar os professores. Isso porque ousei escrever que as reivindicações do sindicato para acabar com as provas de mérito e com as medidas que inibiram as faltas são contra os alunos --ou seja, contra os pobres. Nem discuti aqui os pedidos de aumento salarial nem entrei no debate se a greve seria ou não política. Só defendi a ideia óbvia de quanto mais preparado o professor --e isso exige exames de mérito-- melhor para os pobres. Quem lê minhas colunas com atenção sabe que, há muito tempo, defendo que o professor é a profissão mais importante de uma sociedade. E deve ter uma atenção especial --por isso, critico os governantes pela falta de prioridade com a educação. O professor vive estresse permanente, ganha mal, é vítima de violência cotidiana. Tem todas as razões para protestar e ser ouvido. Desrespeito é passar para a sociedade a imagem de que professor quer ter direito de faltar às aulas (coisa que o aluno não pode) e não deve se submeter a provas para medir seu conhecimento. Como se viu, as provas mostraram que muita gente simplesmente não poderia estar dando aula.
Como qualquer pessoa sensata, suspeito que amanhã possa ocorrer mais um desrespeito. Até que ponto o sindicato dos professores não está chamando uma manifestação para amanhã, na frente do Palácio dos Bandeirantes, à espera de um conflito e uma foto na imprensa? Nada contra a manifestação
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A DIRETORIA
CLAUDIO FONSECA
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