04/03/2016 - Sem resposta do governo, categoria decide em assembleia decretar greve a partir de 09 de março

Com data-base em maio, os profissionais de educação têm como centro da pauta de reivindicações o cumprimento da lei, com a aplicação do reajuste de 3,74% em maio; a antecipação, também em maio, dos índices de 5,39%, 5% e 4,76%, previstos em lei para ser aplicados em novembro de 2016, maio de 2017 e maio de 2018, respectivamente; e valorização dos pisos dos docentes, gestores e Quadro de Apoio.
Além das reivindicações relativas à remuneração, integram a nossa pauta de reivindicações condições de trabalho e organização das escolas, redução do número de alunos por sala de aula, segurança nas escolas, não ao Sampaprev, valorização do Quadro de Apoio, isonomia entre ativos e aposentados, fim das terceirizações, não à obrigatoriedade do registro do Cref, entre outras igualmente importantes, em discussão com o governo (veja a íntegra da pauta).
Durante a manifestação, o presidente Claudio Fonseca e os diretores do SINPEEM, Adelson Cavalcanti de Queiroz, Lilian Pacheco, Lourdes Quadros e Renato Rodrigues dos Santos, foram recebidos por representantes das Secretarias Municipais de Educação, de Gestão e de Governo.
O presidente do SINPEEM reiterou as reivindicações da categoria e necessidade de atendimento imediato dos itens referentes à questão salarial, em função da lei eleitoral, que não permite aos governos concederem aos servidores públicos reajustes com índices acima da inflação a partir de 02 de abril. Também enfatizou a necessidade de reavaliação do projeto de lei que dispõe sobre a criação do Sampaprev (Regime de Previdência Complementar) e da exigência do registro no Conselho Regional de Educação Física (Cref).
GOVERNO REITERA QUE NECESSITA DE PRAZO
ATÉ 09/03 PARA RESPONDER ÀS REIVINDICAÇÕES
Após a reapresentação e defesa das reivindicações da categoria, os representantes do governo afirmaram que não há pedido de urgência para a votação e aprovação do projeto de lei que dispõe sobre a criação do Sampaprev (Regime de Previdência Complementar). Acrescentaram que a matéria está em discussão na Câmara Municipal e também será debatida em reunião a ser realizada com as entidades que compõem a Mesa Central de Negociação, ainda no mês de março.
Mais uma vez o SINPEEM reiterou sua posição contraria à retirada de direitos previdenciários e ao Sampaprev.
GOVERNO DIZ QUE APLICARÁ OS REAJUSTES DE
MAIO E NOVEMBRO, MAS SINPEEM QUER A ANTECIPAÇÃO
Ainda na reunião, os representantes das Secretarias Municipais de Educação, de Gestão e de Governo disseram que a situação econômica do país e a evolução de receitas da Prefeitura de São Paulo não permitiram, até o momento, que o governo Haddad concluísse os estudos de impacto econômico para responder às reivindicações de aumento dos pisos remuneratórios e antecipação dos índices de 5,39%, 5% e 4,76%, em maio, que, juntamente com os 3,74% a que os profissionais de educação têm direito na data-base, totalizam 20,26%.
Por esta razão, o governo reiterou a necessidade de o sindicato aguardar até o dia 09 de março, data na qual terá uma resposta definitiva a todas as reivindicações da categoria relativas às negociações de 2016.
EM ASSEMBLEIA, CATEGORIA ANALISA RESPOSTA DO GOVERNO E
DECIDE CONTINUAR A LUTA, COM GREVE A PARTIR DE 09 DE MARÇO
DECIDE CONTINUAR A LUTA, COM GREVE A PARTIR DE 09 DE MARÇO
Informada pelo presidente do sindicato sobre a resposta do governo, a categoria reagiu, reafirmando a manutenção das reivindicações e continuidade da luta.
Debateu e aprovou iniciar greve, na próxima quarta-feira, dia 09 de março, com manifestação a partir das 14 horas e assembleia para analisar a resposta final do governo e a continuidade do movimento, caso a categoria não seja atendida.
GREVE A PARTIR DE 09 DE MARÇO
MANIFESTAÇÃO E ASSEMBLEIA A PARTIR DAS 14 HORAS
(em frente ao gabinete do prefeito, no Viaduto do Chá)
JUNTOS SOMOS FORTES!
A DIRETORIA
CLAUDIO FONSECA
Presidente

